Ola senhores e senhoras.
Hoje falaremos das bruxas, levarei a vocês uma visão
totalmente clara sobre o que são as bruxas, ou bruxos e o seu espaço dentro da
sociedade.
Boa leitura.
Bruxas
Segundo alguns sociólogos, bruxas são pautadas por poderes simbólicos.
Eles possuem grande influência na visão de mundo e na realidade das pessoas. As
bruxas sempre foram e vão ser um elo entre mito e razão ou entre ficção e
realidade, pois elas se encontram no campo do imaginário popular que é
disseminado pela cultura e pelos costumes de um povo e que, sobretudo,
estabelecem relação e consequências nas ações do pensamento humano.
Pesquisadores ávidos
por suas buscas arqueológicas encontraram em cavernas símbolos e ilustrações
que demonstram a adoração humana a deusas da fertilidade ainda no período
neolítico. Desde o surgimento das primeiras civilizações, o homem buscava
adorar deuses que mesclavam proteção, respeito e divindade. Talvez fosse uma
maneira de confortar a busca por aquilo que não se compreendia ou aquilo que
não existia e que se buscava uma resposta.
Com o advento do
Cristianismo e sua disseminação pelo mundo, o poder simbólico de muitas
crenças, rituais ou costumes passaram a ser perseguidos e rotulados como
heréticos e pecaminosos. O Cristianismo proliferou uma política em que existia
uma cultura certa e uma cultura errada e, tão logo, a “verdade” deveria
prevalecer sobre a “falsidade”.
As mulheres durante a
Idade Média que possuíam domínio de ervas medicinais para a cura de
enfermidades eram julgadas como hereges e pecadoras, pois, na concepção
católica, elas tentavam enganar as leis divinas com rituais que iam contra os
preceitos da Igreja Católica. Por isso, várias mulheres foram perseguidas e
acusadas de feitiçaria ou bruxaria e, consequentemente, foram assassinadas pela
prática de suas crendices e cultura.
Na Idade Média, as
bruxas eram acusadas de falsear o controle divino, manipulando ervas e curando
doenças, pois ninguém poderia mudar o curso divino das coisas se não fosse
Deus. Juntamente com essa acusação, as bruxas eram acusadas de fazerem pactos
demoníacos e realizarem coisas sobrenaturais, como voar pelos ares. Foi com
esse imaginário simbólico que acusações foram legitimadas e várias mulheres
foram mortas em diversas cidades da Europa até a chegada do Iluminismo.
Não podemos falar sobre bruxas sem falarmos sobre a Wicca, a
“religião” usada por quase todas as bruxas, abaixo vocês verão um resumo sobre
a Wicca
Wicca
Sua origem está no início do desenvolvimento humano da
religião e pode ser encontrada em quase todos os sistemas religiosos históricos. Acredita-se que a wicca seja a
religião mais antiga do mundo. Foram encontradas imagens icnográficas na arte
rupestre do período paleolítico que representam o culto wicca, entre eles, “o
pequeno feiticeiro” e “o grande feiticeiro” localizadas na caverna
Trois Fréres, França.
Wicca deriva de witchraft, ou “wiccian”, ou seja, bruxaria.
Crê-se que o termo se consolidou com a publicação das obras de Aleister Crowley
(1875-1947) e Gerald Gardner (1884-1964) entre 1930
e 1940. Houve uma
popularização na década de 50 nos Estados Unidos e, em 1970, obteve grande
impacto social junto à cultura hippie através de Alexander Sanders (1926-1988).
Em 1990, a wicca não
era vista apenas como uma questão de crença, mas de envolvimento emocional em
cerimônias
celebratórias às
forças da natureza, de uma moral positiva, alem de ter como base o respeito
pelo ser humano e o ambiente.
Nas décadas de 20 e 30 a antropóloga e egiptóloga Margaret
Murray (1863-1963) escreveu livros considerados fundamentais para a compreensão
da religião wicca. Explicou que as mulheres acusadas de bruxaria, perseguidas e
mortas na Idade Média eram adeptas ao culto wicca e não adoradoras do satanismo
Nos anos 50 e 60 foi popularizada sendo considerada como um
movimento da Nova Era, ganhando muitos adeptos nos Estados Unidos, Inglaterra e
Austrália. No Brasil, os grupos surgiram na década de oitenta e 90,
especialmente na cidade de São Paulo e Brasília.
Covens
Muitos wiccanos
trabalham em pequenos grupos chamados covens. Cada coven é dirigido por uma
alta sacerdotisa ou alto sacerdote. Reúnem-se para adorar a deusa nos sabás e
esbás. Os membros de um coven chamam-se coveners e o lugar de reunião,
covenstead. Os que trabalham sozinhos são chamados bruxos solitários.
Sua natureza é xamanística, inclui a prática de várias
formas de magia e o que varia é sua intenção. Ela também pode ser vista como a
religião da ecologia cujo objetivo é a harmonização com a natureza e a própria
vida.
Pentagrama
Associado ao planeta Vênus, o pentagrama significa que o
homem é o complemento simétrico da natureza. O adepto deve trazê-lo sempre
junto a si, como símbolo de sua relação entre o reino visível e invisível dos
quatro elementos.
Os ritos são realizados dentro de um círculo e os símbolos
presentes são: o altar, o athame (faca, símbolo do falo do deus que contém
marcas e símbolos), o caldeirão, o cálice (representando o graal), a espada
cerimonial para traçar o círculo (o giz
e o carvão são também usados) e a estrela de seis pontas.
Também estão presentes os incensos, o material cabalístico,
o pentagrama (estrela de cinco pontas), o símbolo da Lua crescente, cheia e
minguante (virgem, mãe e anciã; a representação de Sophia), as túnicas cerimoniais,
a vara (varinha), a vassoura ritual e as velas. Não faltam os cantos, a música,
os colares, as tiaras, os braceletes, entre outros.
O wicca se baseia em
ritos precisos de inspiração pagã e nos ciclos de força da natureza. Existem
dois tipos de cerimônia: o Esbat relacionado às fases da Lua, cuja intenção é
trazer um novo impulso para a consciência e os Sabás
Existem oito
festivais celebrados durante o ano.
* Yule (celebrado no
solstício de inverno),
* Imbolc (2 de
fevereiro),
* Ostara (equinócio
da primavera em março),
* Beltane (1° de
maio),
* Litha (solstício de
verão),
* Lughnasadh (1°
agosto),
* Mabon (equinócio de
outono),
* Samhain (celebrado
no dia de halloween)
A Bruxaria vem amedrontando pessoas a séculos, pois na Idade
Média era crime ser bruxa e qualquer ato que não era explicável naquele tempo
(como convulsões, lepra e até sarampo) era visto como o portador da doença ser
bruxo, julgado sempre por Sacerdotes Católicos, essas pessoas eram queimadas
vivas em um “show”de praça publica, onde os moradores arremessavam pedras,
alimentos podres, cuspiam e zombavam do possível detentor de bruxaria, antes de
ser queimado vivo. O mais terrível desses casos foi o das bruxas de Salem, onde
foi comprovado depois de séculos que mais uma vez a igreja católica estava
fazendo absurdos.
Os julgamentos de bruxas em Salem
Em 1692, em Salém, Massachussets, ouve um surto de caçadas às bruxas e
julgamentos de bruxas que começou com um comportamento meio estranho de duas
jovens garotas. As garotas estavam tendo convulsões e gritando que estavam
sendo beliscadas ou mordidas. O doutor que as examinou eventualmente decidiu
que estavam sob algum tipo de encantamento ou feitiço. Uma a uma, as mulheres
na cidade de Salém e até mesmo nas áreas vizinhas começaram a ser acusadas de
bruxaria.
A empregada da família de uma das garotas era das Antilhas e admitiu na
corte transações com o diabo. Esse testemunho aumentou a histeria
que já existia. Os residentes de Salém então ficaram certos de que o diabo
estava vivo e muito ativo em sua terra - e quem sabia o que aconteceria a
seguir.
Durante um período de nove meses, mais de 100 pessoas foram
aprisionadas por serem bruxas e 20 foram executadas.
Finalmente, uma nova corte foi constituída para substituir a Corte Geral, que
estava fazendo os julgamentos. Esta corte, a Corte Superior de
Magistratura, reverteu a política da corte anterior. Deste ponto em
diante, apenas três pessoas a mais foram consideradas culpadas de bruxaria e
foram posteriormente perdoadas.
As teorias atuais são variadas com relação ao que realmente estava errado
com as duas jovens garotas que começaram tudo isso. Alguns dizem que elas eram
boas atrizes e uma vez que tinha começado e visto toda a atenção que estavam
conseguindo, tinham que continuar. Outra teoria é que elas realmente tinham histeria
clínica, o que poderia explicar as convulsões.
A lei romana distinguia entre mágica boa e mágica ruim. Enquanto a magia ruim (com a exceção do assassinato) era punida com uma multa, prisão ou exílio, a boa magia (que era a cura e a adivinhação) era oficialmente sancionada pela lei romana.
Abaixo tem um pequeno documentário sobre bruxas, feito pelo Canal Descovery Channel, bem legal o video. quem tiver mais curiosidades, aproveite e vejam.
Fontes: Cia das Bruxas,Wikipedia
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