quarta-feira, 2 de outubro de 2013

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Lendas: Bruxas

Ola senhores e senhoras.
Hoje falaremos das bruxas, levarei a vocês uma visão totalmente clara sobre o que são as bruxas, ou bruxos e o seu espaço dentro da sociedade.

Boa leitura.






         Bruxas


  Segundo alguns sociólogos,  bruxas são pautadas por poderes simbólicos. Eles possuem grande influência na visão de mundo e na realidade das pessoas. As bruxas sempre foram e vão ser um elo entre mito e razão ou entre ficção e realidade, pois elas se encontram no campo do imaginário popular que é disseminado pela cultura e pelos costumes de um povo e que, sobretudo, estabelecem relação e consequências nas ações do pensamento humano.

 Pesquisadores ávidos por suas buscas arqueológicas encontraram em cavernas símbolos e ilustrações que demonstram a adoração humana a deusas da fertilidade ainda no período neolítico. Desde o surgimento das primeiras civilizações, o homem buscava adorar deuses que mesclavam proteção, respeito e divindade. Talvez fosse uma maneira de confortar a busca por aquilo que não se compreendia ou aquilo que não existia e que se buscava uma resposta.

 Com o advento do Cristianismo e sua disseminação pelo mundo, o poder simbólico de muitas crenças, rituais ou costumes passaram a ser perseguidos e rotulados como heréticos e pecaminosos. O Cristianismo proliferou uma política em que existia uma cultura certa e uma cultura errada e, tão logo, a “verdade” deveria prevalecer sobre a “falsidade”.

 As mulheres durante a Idade Média que possuíam domínio de ervas medicinais para a cura de  
enfermidades eram julgadas como hereges e pecadoras, pois, na concepção católica, elas tentavam enganar as leis divinas com rituais que iam contra os preceitos da Igreja Católica. Por isso, várias mulheres foram perseguidas e acusadas de feitiçaria ou bruxaria e, consequentemente, foram assassinadas pela prática de suas crendices e cultura.

 Na Idade Média, as bruxas eram acusadas de falsear o controle divino, manipulando ervas e curando doenças, pois ninguém poderia mudar o curso divino das coisas se não fosse Deus. Juntamente com essa acusação, as bruxas eram acusadas de fazerem pactos demoníacos e realizarem coisas sobrenaturais, como voar pelos ares. Foi com esse imaginário simbólico que acusações foram legitimadas e várias mulheres foram mortas em diversas cidades da Europa até a chegada do Iluminismo.


Não podemos falar sobre bruxas sem falarmos sobre a Wicca, a “religião” usada por quase todas as bruxas, abaixo vocês verão um resumo sobre a Wicca

 

Wicca

Sua origem está no início do desenvolvimento humano da religião e pode ser encontrada em quase todos os sistemas religiosos históricos. Acredita-se que a wicca seja a religião mais antiga do mundo. Foram encontradas imagens icnográficas na arte rupestre do período paleolítico que representam o culto wicca, entre eles, “o pequeno feiticeiro” e “o grande feiticeiro” localizadas na caverna Trois Fréres, França.

Wicca deriva de witchraft, ou “wiccian”, ou seja, bruxaria. Crê-se que o termo se consolidou com a publicação das obras de Aleister Crowley (1875-1947) e Gerald Gardner (1884-1964) entre 1930

 e 1940. Houve uma popularização na década de 50 nos Estados Unidos e, em 1970, obteve grande impacto social junto à cultura hippie através de Alexander Sanders (1926-1988).

 Em 1990, a wicca não era vista apenas como uma questão de crença, mas de envolvimento emocional em cerimônias

 celebratórias às forças da natureza, de uma moral positiva, alem de ter como base o respeito pelo ser humano e o ambiente.



Nas décadas de 20 e 30 a antropóloga e egiptóloga Margaret Murray (1863-1963) escreveu livros considerados fundamentais para a compreensão da religião wicca. Explicou que as mulheres acusadas de bruxaria, perseguidas e mortas na Idade Média eram adeptas ao culto wicca e não adoradoras do satanismo

Nos anos 50 e 60 foi popularizada sendo considerada como um movimento da Nova Era, ganhando muitos adeptos nos Estados Unidos, Inglaterra e Austrália. No Brasil, os grupos surgiram na década de oitenta e 90, especialmente na cidade de São Paulo e Brasília.

 Covens

 Muitos wiccanos trabalham em pequenos grupos chamados covens. Cada coven é dirigido por uma alta sacerdotisa ou alto sacerdote. Reúnem-se para adorar a deusa nos sabás e esbás. Os membros de um coven chamam-se coveners e o lugar de reunião, covenstead. Os que trabalham sozinhos são chamados bruxos solitários.

Sua natureza é xamanística, inclui a prática de várias formas de magia e o que varia é sua intenção. Ela também pode ser vista como a religião da ecologia cujo objetivo é a harmonização com a natureza e a própria vida.

Pentagrama

Associado ao planeta Vênus, o pentagrama significa que o homem é o complemento simétrico da natureza. O adepto deve trazê-lo sempre junto a si, como símbolo de sua relação entre o reino visível e invisível dos quatro elementos.

Os ritos são realizados dentro de um círculo e os símbolos presentes são: o altar, o athame (faca, símbolo do falo do deus que contém marcas e símbolos), o caldeirão, o cálice (representando o graal), a espada cerimonial para traçar o  círculo (o giz e o carvão são também usados) e a estrela de seis pontas.

Também estão presentes os incensos, o material cabalístico, o pentagrama (estrela de cinco pontas), o símbolo da Lua crescente, cheia e minguante (virgem, mãe e anciã; a representação de Sophia), as túnicas cerimoniais, a vara (varinha), a vassoura ritual e as velas. Não faltam os cantos, a música, os colares, as tiaras, os braceletes, entre outros.

 O wicca se baseia em ritos precisos de inspiração pagã e nos ciclos de força da natureza. Existem dois tipos de cerimônia: o Esbat relacionado às fases da Lua, cuja intenção é trazer um novo impulso para a consciência e os Sabás 

 Existem oito festivais celebrados durante o ano.

 * Yule (celebrado no solstício de inverno),
 * Imbolc (2 de fevereiro),
 * Ostara (equinócio da primavera em março),
 * Beltane (1° de maio),
 * Litha (solstício de verão),
 * Lughnasadh (1° agosto),
 * Mabon (equinócio de outono),
 * Samhain (celebrado no dia de halloween)

A Bruxaria vem amedrontando pessoas a séculos, pois na Idade Média era crime ser bruxa e qualquer ato que não era explicável naquele tempo (como convulsões, lepra e até sarampo) era visto como o portador da doença ser bruxo, julgado sempre por Sacerdotes Católicos, essas pessoas eram queimadas vivas em um “show”de praça publica, onde os moradores arremessavam pedras, alimentos podres, cuspiam e zombavam do possível detentor de bruxaria, antes de ser queimado vivo. O mais terrível desses casos foi o das bruxas de Salem, onde foi comprovado depois de séculos que mais uma vez a igreja católica estava fazendo absurdos.

Os julgamentos de bruxas em Salem

Em 1692, em Salém, Massachussets, ouve um surto de caçadas às bruxas e julgamentos de bruxas que começou com um comportamento meio estranho de duas jovens garotas. As garotas estavam tendo convulsões e gritando que estavam sendo beliscadas ou mordidas. O doutor que as examinou eventualmente decidiu que estavam sob algum tipo de encantamento ou feitiço. Uma a uma, as mulheres na cidade de Salém e até mesmo nas áreas vizinhas começaram a ser acusadas de bruxaria.

A empregada da família de uma das garotas era das Antilhas e admitiu na corte transações com o diabo. Esse testemunho aumentou a histeria que já existia. Os residentes de Salém então ficaram certos de que o diabo estava vivo e muito ativo em sua terra - e quem sabia o que aconteceria a seguir.

Durante um período de nove meses, mais de 100 pessoas foram aprisionadas por serem bruxas e 20 foram executadas. Finalmente, uma nova corte foi constituída para substituir a Corte Geral, que estava fazendo os julgamentos. Esta corte, a Corte Superior de Magistratura, reverteu a política da corte anterior. Deste ponto em diante, apenas três pessoas a mais foram consideradas culpadas de bruxaria e foram posteriormente perdoadas.


As teorias atuais são variadas com relação ao que realmente estava errado com as duas jovens garotas que começaram tudo isso. Alguns dizem que elas eram boas atrizes e uma vez que tinha começado e visto toda a atenção que estavam conseguindo, tinham que continuar. Outra teoria é que elas realmente tinham histeria clínica, o que poderia explicar as convulsões. 



A lei romana distinguia entre mágica boa e mágica ruim. Enquanto a magia ruim (com a exceção do assassinato) era punida com uma multa, prisão ou exílio, a boa magia (que era a cura e a adivinhação) era oficialmente sancionada pela lei romana.

Abaixo tem um pequeno documentário sobre bruxas, feito pelo Canal Descovery Channel, bem legal o video. quem tiver mais curiosidades, aproveite e vejam. 



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