quinta-feira, 21 de novembro de 2013

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Conhecendo o Mundo: Gruta do Lago Azul

 Hey, pessoas, esse post era para o Lyon'O fazer, porém ele teve um pequeno problema com os ligamentos de sua mão direita, então eu fiz o CM da semana. Espero que gostem desta belíssima gruta, porque ela é realmente muito linda.

Gruta do Lago Azul
A Gruta do Lago Azul se localiza a 20 km de Bonito, em Mato Grosso do Sul, e é um dos principais atrativos turísticos do estado e cartão postal de Bonito. O lugar foi assim chamado devido ao fato da gruta possuir um lago cujas águas são de um azul excepcional, pesquisadores acreditam que a alta incidência de raios solares sobre a água do lago deu um tom azul às águas cristalinas.

O lugar é o patrimônio espeleológico nacional mais importante e foi tombado pelo IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, juntamente com a Gruta Nossa Senhora Aparecida devido ao valor paisagístico.

História
Entrada da Gruta
A gruta era conhecida pela população local de Bonito desde 1940, pois era de fácil acesso e próxima à cidade. A lenda local diz que a gruta fora descoberta por um índio terena em 1924, apesar de não possuir qualquer fundamento histórico, a lenda é amplamente difundida pela população local e pela imprensa.

Em 1957, o lugar recebeu a primeira publicação científica, onde foi denominado de Gruta da Fazenda Anhumas. Naquela época, o lago foi considerado raso, com apenas dois metros de profundidade.

Somente em 1970 a visitação turística se iniciou.

Em 1978, um estudo do Prof. Ronaldo Teixeira da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) resultou na proposta “Programa para utilização de um turismo científico-cultural na área sudeste do Estado de Mato Grosso”. A proposta foi aceita e o tombamento como patrimônio espeleológico foi aprovado pelo IPHAN em 13 de outubro de 1978.

Em abril de 1982, como não havia lei que distinguisse de quem era a posse das cavernas, o governo de Mato Grosso do Sul comprou a Gruta do Lago Azul, área reservada de 25 hectares e 1700m².

Em 1984 foi realizado levantamentos topográficos da gruta e apresentado as diretrizes para um plano de manejo turístico da região. O projeto resultou em caracterização e mapeamento da gruta, zoneamento do tipo de caverna e propostas de infra-estrutura implantadas na gruta, como a construção de um caminho em seu interior com a utilização de blocos de calcários rejuntados com massa de cimento e areia para facilitar o acesso ao lago sem causar um grande impacto visual.

O Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológica realizou uma expedição em setembro de 1992. Na expedição, foram encontrados fósseis de mamíferos pleistocênicos, mais especificamente de preguiça-gigante e tigre-dentes-de-sabre, no fundo do lago. Os fósseis foram identificados pelo Prof. Castor Cartelle por fotografias subaquáticas feitas por mergulhadores.

Em 1993 a 1994 formaram guias de turismo para a gruta pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Mato Grosso do Sul (Sebrae). Desde então, a visitação à Gruta do Lago Azul passou a ser feito por acompanhamento de guias turísticos, que se dedicam e desenvolveram a atividade no interior da gruta. Eles explicam desde a formação geológica até aspectos da espeleogênese e características culturais.

Em 11 de junho de 2001, o monumento natural da Gruta do Lado Azul foi criado pelo governo do estado de Mato Grosso do Sul, constituído por duas áreas não continuas que totalizam 260 hectares.

Geologia
Parque Nacional da Serra da Bodoquena
A Gruta do Lago Azul encontra-se no mesmo contexto geológico da Serra da Bodoquena, na porção centro-sul de Mato Grosso do Sul. Essa serra é formada por rochas carbonáticas do grupo Corumbá de idade Ediacarana e possui forma alongada, com 200km de comprimento e entre 10km a 70km de largura.

O Grupo Corumbá, que possui 1000m de espessura, é formado por sucessões de aglomerados, arenitos e pelitos basais passando por dolomitos, silexitos, rochas fosfáticas, calcários e pelitos grafitosos fossilíferos.

A paisagem da Depressão do Rio Miranda e o Planalto da Bodoquena são influenciados pela presença de rochas carbonáticas do Grupo Corumbá, e possui inúmeras cavernas, dolinas e outras aparências típicas de relevo cárstico. Neste contexto, encontra-se A Gruta do Lago Azul em domínio de planícies cársticas com morros residuais na Depressão do Rio Miranda

Os rios que drenam o Planalto têm suas nascentes em solo cárstico devido a presença de águas límpidas e bicabornatadas, com abundante depósitos carbonáticos fluviais, denominadas tufas calcárias. Esses rios e tufas possuem grande valor cênico e são atrativos turísticos bastante explorados.

Além do valor paisagístico explorado no turismo, as tufas oferecem estudos paleontológicos e paleoambientais. Por esse motivo, elas foram incluídas na lista Mundial Indicativa de Sítios Geológicos e Paleobiológicos para se tornarem Patrimônio da Humanidade.
Mergulho no fundo do Lago

As cavernas situadas nas planícies cársticas encontram-se nos morros residuais e apresentam cavidades submersas com lagos além de rios subterrâneos. A profundidade dos lagos é uma característica da região, e geralmente apresentam medidas superiores a 60 metros de profundidade. Tais características anda chamando a atenção de mergulhadores nos últimos anos, o que permite classificar a região como uma entre as melhores do mundo para a prática de espeleomergulho.

Descrição
A Gruta do Lago Azul é composta por um grande salão principal de 143m de comprimento e 50m de desnível, no qual a maior parte se encontra submerso. Desenvolveu-se em dolomitos do Grupo Corumbá possuindo coloração cinza claro, e é rico em veios de quartzo e mergulho médio.

O salão do lago apresenta piso rico em espelotemas, principalmente na área onde está a trilha para o turismo, e inúmeros blocos de espelotemas abatidos do teto. O teto, que mede entre 20 a 25m de altura e possui esparsos estalactites, é inclinado e acompanha o piso, o lago encontra-se ao seu fundo com mais de noventa metros de profundidade.

A água do lago é completamente cristalina, a cor azul adquirida é devido a um fenômeno óptico conhecido como Espalhamento ou Dispersão Rayleigh. Quando a luz branca incide sobre as partículas em suspensão na água, a luz azul, por ser a que tem o menor comprimento de onda, é a que se espalha mais, dando a coloração azul ao lago.

No extremo oeste da caverna se encontra o salão lateral que pode ser visitado apenas com autorização prévia. Este salão possui uma descida abrupta até próximo o nível do lago, onde se encontra o Salão dos Corais, com concentração de espeotemas em formas de cogumelos ou corais formados pelo mineral nesquehonita.

O lago apresenta pequenos crustáceos cegos e despigmentados, da ordem Spelaegruphacea, concentrados na parte iluminada.

Fonte: SigepSbe 

2 comentários:

  1. Encontrei vários rostos na água da foto da gruta, tenta aproximar a imagem na água q vc vai ver!

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  2. Encontrei vários rostos na água da foto da gruta, tenta aproximar a imagem na água q vc vai ver!

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