Olá meus doces leitores, para quem não se lembra de mim, eu sou Cora, sua colunista com a cabeça fora da realidade. Estou aqui para mergulhá-los em uma das minhas séries preferidas, Os Ancestrais de Avalon. E dando início a esta série, conheceremos a rainha Boudica e sua história. A história da mulher que por um verão, derrotou Roma.
Escritora(s): Marion Zimmer Bradley e Diana L. Paxson
Editoras: Rocco, Difel
Ano de publicação: 2007
Páginas: 518
Sinopse:
No centro de Os Corvos de Avalon está a conquista romana da Bretanha e a rebelião conduzida pela Rainha Boudica, a guerreira celta, e por Lhiannon, a sua jovem mentora na ilha dos Druidas.
Quando o exército do Império conquistou o reino Iceno, no século I D.C., Lihannon enfrentou-o enquanto Boudica acabou por se casar com Prasutagus, o Rei Supremo dos Icenos que governou como rei cliente de Roma. Boudicca e Presutagus viveram felizes até à morte deste, um acontecimento que mudou para sempre a vida daquela que se viria a tornar a Rainha Guerreira. Com a morte do marido, as terras Icenas foram definitivamente anexada ao Império, tendo Boudicca sido brutalizada e as filhas violadas.
Cheia de raiva e espírito de vingança, Boudica apela às tribos britãs e conduz o seu povo na resistência contra os exércitos ocupantes de Roma. Apesar do insucesso da rebelião, Lhiannon sobrevive e torna-se guardiã das tradições druidas na nova Bretanha Romana, como alta sacerdotisa da Casa da Floresta. Repleto de notáveis personagens femininas, que sempre habitaram a mítica ilha de Avalon, esta tão aguardada obra, que antecede A Casa da Floresta, é um portentoso épico que expande a saga lendária que encantou milhões de leitores por todo o mundo.
No centro de Os Corvos de Avalon está a conquista romana da Bretanha e a rebelião conduzida pela Rainha Boudica, a guerreira celta, e por Lhiannon, a sua jovem mentora na ilha dos Druidas.
Quando o exército do Império conquistou o reino Iceno, no século I D.C., Lihannon enfrentou-o enquanto Boudica acabou por se casar com Prasutagus, o Rei Supremo dos Icenos que governou como rei cliente de Roma. Boudicca e Presutagus viveram felizes até à morte deste, um acontecimento que mudou para sempre a vida daquela que se viria a tornar a Rainha Guerreira. Com a morte do marido, as terras Icenas foram definitivamente anexada ao Império, tendo Boudicca sido brutalizada e as filhas violadas.
Cheia de raiva e espírito de vingança, Boudica apela às tribos britãs e conduz o seu povo na resistência contra os exércitos ocupantes de Roma. Apesar do insucesso da rebelião, Lhiannon sobrevive e torna-se guardiã das tradições druidas na nova Bretanha Romana, como alta sacerdotisa da Casa da Floresta. Repleto de notáveis personagens femininas, que sempre habitaram a mítica ilha de Avalon, esta tão aguardada obra, que antecede A Casa da Floresta, é um portentoso épico que expande a saga lendária que encantou milhões de leitores por todo o mundo.
Resenha:
Boudica, ou Boudicca, não é somente uma personagem criada por duas escritoras fantásticas, ela é uma personagem real que viveu em 60 d.C e que fez a maior "muvuca". Como é descrito no livro, Boudica era esposa do rei supremo dos Icenos, e teve duas filhas. Quando seu marido morreu e ela assumiu o comando, os romanos resolveram meter seus dedos machista no meio e tentaram dar uma lição na rainha. Ela e suas filhas foram estupradas, Boudica se revoltou, chamou uma galerinha foda e botou os romanos pra correr. Infelizmente, Boudica perdeu a guerra, mas venceu inúmeras batalhas. Por fim, para não acabar nas mãos dos malditos romanos, ela se matou.
Voltemos ao livro.
O livro, ao contrário do que a maioria pensa, não foi escrito por Marion (autora das Brumas de Avalon) e sim por sua amiga e pupila, Diana. Mas em nenhum instante você percebe uma queda de qualidade em relação a escrita. Diana é boa, aliás, muito boa. E qualidade misturado a uma história dessas, só poderiam sair coisas boas.
O livro pode ser classificado como tendo três partes que diferem os auges da história.
Tudo começa com uma Boudica jovem e rebelde, que quer escolher seu próprio caminho, mas ainda não sabe qual vai ser. Vê-se a passagem da menina para a mulher, e todo enredo é entrelaçado ao misticismo e a religiosidade Celta. Assim pode-se te um resumo da primeira parte.
Em seguida Boudica se depara com uma decisão. Ela precisa escolher entre voltar para casa e se casar, ou permanecer aonde está e aprender. Ela decide que precisa cumprir com suas obrigações, e se casa.
O casamento é maravilhoso, mas é depois desta cena que o dilema do livro entra em jogo. Boudica remete muito a uma outra personagem de personalidade marcante. A princesa Targaryen, Daenerys. Boudica busca a felicidade, e não consegue encontrá-la em seu marido. E por causa disso os dois mergulham em um buraco de amargura que os consome, e esquecem de procurar abrigo um nos braços do outro. É então que temos uma intervenção divina, e depois do ritual da fertilidade a jovem rainha encontra o amor que sempre sonhou receber.
Boudica vive um conto de fadas ao lado do marido. Ela é feliz, conhece a segurança, paz e junto com suas duas filhas a família não tem do que reclamar.
Então o rei morre.
Nossa protagonista entra em desespero. Depois de afundar em sua dor, Boudica toma nas costas um reino inteiro e isso enlouquece os romanos, que diferente dos Celtas, não aceitavam uma mulher no comando. Boudica é violentada e vê suas duas filhas serem estupradas na sua frente. É ai que chegamos na terceira parte do livro, e a mais sangrenta. Boudica encarna como Morrigan, a deusa das batalhas e dos corvos. Morrigan toma o corpo da rainha e mata os homens que violentaram suas filhas. Ela e a rainha fazem um acordo e Boudica dá início a uma revolução.
De tribo em tribo, a rainha vai juntando um exército que chuta a bunda dos romanos. Porém na última, e mais violenta batalha, ela perde e vê uma de suas filhas morrer em combate.
Para não terminar com seu legado, Boudica se sacrifica e seu sangue banha a terra que pertenceu a ela e o livro termina com uma promessa de quero mais.
Então, minha opinião sobre o livro? F-A-N-T-Á-S-T-I-C-O.
Mulheres fortes dominam as páginas e você torce que dê tudo certo no final, mas não. Para resumir o livro eu digo que TODO mundo morre, e isso dá uma puta raiva, mas também é o ingrediente que deixa o livro tão bom. Boudica é forte, depois de perder tudo que amava e achar que tomou as decisões erradas, ela assume em seu corpo uma deusa e sai matando todo filho da puta romano que aparece.
De todos os livros que li, esse foi o mais intenso. Como eu já perdi alguém que amava, entendi a dor dela e isso só deixou tudo ainda mais intenso para mim. Com o passar dos fatos, Boudica desenvolve uma personalidade que remete a deusa Morrigan. Juntas, elas vão a frente das batalhas e matam, choram e sofrem como um soldado qualquer.
Temos várias cenas marcantes, mas a maior delas, para mim pelo menos, é quando ela e o rei, Prasutagos, estão em uma cerimonia e demonstram seu amor para todo o povo, fazendo sexo ali mesmo, para todos verem. Pode parecer estranho, mas é nesse momento que o sentimento dos dois floresce de verdade.
Outra parte muito intensa é quando uma das filhas dela morre em batalha. Eu senti que foi uma das piores pauladas que nossa heroína recebeu no livro, perder o que ama parece ser o destino da pobre Boudica. Também não dá pra esquecer de quando Boudica passa de menina para mulher, ou a fuga a cavalo no casamento. Você vai chorar muito na cena que Prasutagos morre, eu acho que foi o livro que mais me fez chorar até hoje, e olha que eu já li livros tristes.
Também conhecemos um pouco de Lhiannon, uma outra figura importante, mas que eu deixarei para outro dia. O segundo livro é a semente deste e eu falarei dele em outra ocasião.
Quer um resumo da história? Tristeza.
Eita livrinho mais doloroso de se ler, ehn?
Mas vale a pena, cada lágrima valeu a pena e eu relerei este livro durante minha vida toda. Não é só um livro, é a biografia de uma das mulheres mais fortes da história. Uma rainha guerreira que lutou com tudo o que tinha pela justiça que ela sonhava. Boudica é uma lenda, e este livro é seu legado.
"Mas houve uma época em que uma mulher desafiou o poder de Roma e, durante um terrível e luminoso verão, a vitoria foi dela." - Os Corvos de Avalon.
Até a próxima,
Cora.
Cora.
Muito foda essa resenha! adorei... To com vontade de ler mesmo sabendo da desgraça que percorre as páginas.
ResponderExcluirParabéns vlw a pena ter lido